Maria Angélica Melendi | Editora Cobogó | 2017 {ensaios}
“Nesse cenário de destroços, a arte parecer ser um dos únicos lugares onde é possível interiorizar os conflitos e elaborá-los como experiência. Ao provocar rupturas, perturbações, percepções alteradas, a obra de arte despertaria um estranhamento que nos impregnaria com o conhecimento da realidade social. A arte contemporâneo tem demonstrado possuir uma potência de elaborar imagens que logram uma certa intermitência temporal, pois, fugindo dos discursos formal e meta-artístico, se debruça, muitas vezes, sobre assuntos escamoteados pela narrativa histórica, tanto do passado recente quanto do distante.” (p. 16)
11 PREFÁCIO
A memória como dispositivo, por Eduardo de Jesus
15 INTRODUÇÃO
I ESTRATÉGIAS DO PENSAMENTO
25 Da adversidade vivemos ou Uma cartografia em construção
45 Sobre as ruínas do futuro
77 Contra formalismos (outra vez?): algumas anotações
87 Território dos poemas silenciosos: o jardim de sendeiros que confluem
II POLÍTICAS DA MEMÓRIA
105 Corpos ausentes, corpos espetaculares: anotações e esboços sobre arte, corpo e memória
121 Entre censuras: cenas da arte brasileira durante a ditadura
141 De Nossa Senhora dos Descamisados a montonera
III ARQUIVOS
171 Arquivos do mal/Mal de arquivos
187 A sordidez do arquivo: entre pedras soterradas e fotografias esquecidas
211 Mãos pequenas: a infância como sonho e como fantasmagoria
IV MONUMENTOS
235 Antimonumentos: estratégias da arte na era das catástrofes
249 Monumentos horizontais: a memória nas ruas
263 Água e memória: histórias de espectros
V ESPAÇOS DA MEMÓRIA
281 A cidade escondida: lembranças de Brasília
305 Intervenções suburbanas: anotações e esboços
323 Garrafas no mar: da urgência à desesperança
341 Evaporação dos sentidos: o museu e a comunidade
357 O museu das insignificâncias: a memória, a arte e os restos da derrota
375 A invenção de Inhotim: uma paragem para a arte contemporânea
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